Centro Histórico de Santos

O Centro Histórico e suas histórias
Por alunos do 5º E


Este ano viajamos para Santos e Bertioga para estudar sobre a história dessas cidades. Nosso foco era Patrimônio Histórico material e imaterial. Você já ouviu falar disso?
Patrimônio Histórico pode ser material e imaterial e é tudo aquilo que é considerado importante na história de alguma cidade ou povo, como construções antigas, monumentos, objetos palpáveis e aspectos culturais como danças, música, rituais, culinária, entre outros.
Em nossa viagem pudemos observar tudo isso em quatro lugares principais: no Centro Histórico de Santos, na Reserva Indígena Rio Silveira (do povo guarani) e, por último, no Forte São João e na Fortaleza Barra Grande.
Neste texto, escolhemos contar um pouco do que aprendemos no Centro Histórico. Vamos lá?

Famosa rua do comércio, no centro histórico de Santos, com o prédio da Bolsa do Café ao fundo.

         O centro histórico e suas construções, como, por exemplo, a Bolsa do Café e Casa da Frontaria azulejada, contam muito da história da cidade de Santos e até mesmo do Brasil. Isso porque, na época em que o café valia ouro, ele chegava em Santos pela ferrovia São Paulo Railway e era transportado, de navio, saindo do Porto de Santos,  para a Europa. Nesta época, a cidade de Santos ficou muito rica e o Brasil inteiro se beneficiou.

Fachada da Bolsa do Café
A Bolsa do Café era aonde os especialistas determinavam o valor dos grãos de café, dependendo de sua qualidade. Os mais nobres eram muito caros, mas havia os grãos tostados e moídos, que eram mais populares.

Lugar onde os especialistas se reuniam para determinar o preço dos grãos de café


Sua arquitetura foi inspirada nas construções europeias que utilizavam materiais nobres, tais como mármore italiano, azulejos franceses, vitrais espanhóis, couro português e peças vindas de outras partes da Europa.
Atualmente o local funciona como Museu que conta a história da cidade e do café para o turista, que pode degustar da famosa bebida na cafeteria do Museu.
Em frente à Bolsa Oficial do Café há prédios antigos e modernos, que foram construídos antes do centro ter sido tombado pelo Patrimônio Histórico. Atualmente é proibido por lei derrubar qualquer construção que esteja tombada, como é o caso do Centro.

Fachada da casa da frontaria azulejada

         A casa da Frontaria Azulejada é um exemplo de uma construção antiga que teve a sua fachada e as paredes internas tombadas. A casa em si foi demolida, menos as colunas que sustentavam o 2º andar, que já não existe mais. Isso porque embora tenha sido tombada, demorou muito para ser revitalizada, então começou a se desgastar pelo tempo.
Ao entrar na casa, conseguimos ver pelas paredes como eram feitas as construções naquela época: usava-se pedras irregulares, restos de conchas e óleo de baleia para fixar as pedras. A parte de cima foi feita com madeira, por esse motivo se desgastou mais rápido.

Pátio  interno da casa da frontaria azulejada

         Antes, era local de moradia de um importante comerciante e sua família. A moradia era na parte de cima e o comércio, que tinha ligação direta com o Porto, ficava na parte de baixo. Quem carregava e descarregava as mercadorias eram os escravos, pois, naquela época, ainda existia escravidão.

Azulejo da casa da Frontaria Azulejada

         Atualmente, o espaço é usado como local de eventos, gravação de comerciais, exposição de artes, etc, e é mantido pela Prefeitura de Santos.

Estação de Trem do Valongo e Bonde

O bonde revitalizado, hoje em dia usado
para transportar turistas.


         A estação foi construída para auxiliar o transporte do café, do interior de São Paulo para Santos. Antes da ferrovia existir, o café era transportado por escravos e animais e a viagem demorava cerca de 1 semana.
Com a construção da ferrovia, tudo ficou mais fácil: a viagem durava só um dia e dava para transportar uma quantidade maior de grãos. Hoje em dia, a Estação ainda funciona, mas já não transporta carga e sim é uma alternativa de transporte para as pessoas.
Aconteceu algo parecido com o Bonde. No começo era movido a força animal, como jegues, jumentos e burros, e servia como transporte público para a população.
O bonde antigo movido por força animal

         Em 1915 passou a ser movido por energia elétrica, mas depois de um tempo foi desativado e só voltou a funcionar nos anos 2000, não mais como transporte público, mas sim para o passeio de turistas interessados em conhecer a história do Centro e do Café.

O bonde atual

Por fim, essa viagem nos ajudou a perceber que as coisas do passado ainda existem no presente, mesmo tendo outras funções.
É importante que sejam preservadas para que as pessoas ainda não nascidas possam saber como era o mundo antes delas existirem!
                                                                                     Alunos do 5°E
Famosos alunos do 5º E posando para a foto